domingo, 27 de janeiro de 2013

Eu era



  Simplesmente cheguei à conclusão que eu ainda não me achei. Não sei mais de nada há muito tempo. Eu tinha meus próprios gostos, minhas ideias, meus ideais. Eu era. Quem? Eu não sei muito bem, mas era. Tinha meus defeitos, que talvez eu até acentuasse, mas era por alguma razão, porque eu queria ser diferente, fazer algo diferente. Hoje eu me sinto como se eu estivesse moldada nesse padrão medíocre que diz se as pessoas são ou não legais. Personalidade? Sumiu à medida que foi surgindo o medo de ser julgada. 
  Eu andava por ai, com meus all star sujos, blusas pretas, cabelo bagunçado e lápis nos olhos que constantemente escorriam junto com as lágrimas. Eu usava um caderno do Iron Maiden, e agora tive dificuldade em escrever certo o nome da banda! Nunca me importei com o que os outros pensavam ou deixavam de pensar.
  Agora não sei se isso tudo sumiu, ou eu nunca tive. Às vezes eu olho para trás e começo a rir de quem eu era, mas ao mesmo tempo eu era. Não gosto do que me tornei, uma pessoa sem força de vontade, sem… Só isso, sem. Não sei que tipo de pessoa quero ser, que tipo de carreira seguir, que pessoas quero por perto. Isso soa tão estranho para aquela garota de quatro anos atrás. Não sei se estou afastando as pessoas de mim, ou se estou sendo seletiva. Tem muita gente que não quero que saiba dos meus problemas, ou que conviva comigo. Esnobe? Não. Só cansei de apanhar e de confiar demais nas pessoas.  

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